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A água é um dos insumos mais críticos na indústria farmacêutica. Sua pureza impacta diretamente a eficácia, segurança e qualidade de medicamentos, equipamentos e análises laboratoriais. Neste artigo, exploramos os principais tipos de água para uso farmacêutico, seus contaminantes e critérios de purificação, conforme a Farmacopeia Brasileira, 7ª edição (IG8.5-03).
Índice:
1. Importância da Água para Uso Farmacêutico
2. Tipos de contaminantes da água
3. Tipos de Água Farmacêutica e Suas Aplicações
4. Parâmetros de Qualidade e Controle
5. Considerações Finais e Responsabilidades do Usuário
A água é empregada em diversos processos farmacêuticos: desde a síntese de fármacos, formulação e lavagem de materiais até ensaios laboratoriais. Devido à sua natureza polar e capacidade de formação de ligações de hidrogênio, também pode gerar contaminantes, tornando necessário um controle rigoroso de qualidade.
A Farmacopeia Brasileira classifica os contaminantes da água em:
2.1 Contaminantes Químicos
Compostos orgânicos e inorgânicos.
Resíduos industriais e de sanitização.
Avaliação via COT (Carbono Orgânico Total) e condutividade elétrica.
Endotoxinas bacterianas também estão incluídas nesse grupo.
2.2 Contaminantes Microbiológicos
Principalmente bactérias Gram-negativas.
Proliferação em sistemas mal higienizados.
Avaliação em UFC/mL e teste de endotoxinas.
2.3 Partículas
Sílica, resíduos de origem, coloides.
Detectados por filtração e gravimetria.
3.1 Água Potável
Base para sistemas de purificação.
Usada em limpeza e processos iniciais.
3.2 Água Purificada (AP)
Obtenção: osmose reversa, destilação, troca iônica.
Uso: análises laboratoriais, formulações não injetáveis.
3.3 Água Ultrapurificada (AUP)
Condutividade: até 0,055 μS/cm.
Uso: análises instrumentais de alta precisão.
3.4 Água para Injetáveis (API)
Exigência: destilação ou processo equivalente.
Uso: medicamentos parenterais, lavagem de roupas estéreis.
Condutividade e COT são indicadores críticos.
A contaminação microbiana varia conforme o tipo de água.
Validação e monitoramento contínuo do sistema são obrigatórios.
A escolha do tipo de água, seu uso correto e a manutenção do sistema são de responsabilidade do usuário. A Farmacopeia Brasileira, 7ª edição, fornece diretrizes essenciais, mas não substitui legislações específicas.
Garantir a qualidade da água é essencial para a segurança dos pacientes e para a integridade dos produtos farmacêuticos.