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O lançamento de efluentes no meio ambiente exige cuidados técnicos e legais rigorosos. Para garantir que esse descarte não comprometa corpos d’água, solos e a saúde pública, é essencial realizar a análise adequada dos efluentes gerados por atividades industriais, comerciais ou domésticas. Neste post, vamos apresentar os principais aspectos que envolvem esse tipo de análise e a importância de parâmetros como DBO e DQO.
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🧭 Índice
1. O que são efluentes e por que analisá-los?
2. Quais são os tipos de efluentes?
3. O que a legislação brasileira exige?
4. Quais parâmetros são analisados em efluentes?
5. DBO e DQO: qual a diferença e o que indicam?
6. Qual a frequência ideal para análise de efluentes?
7. Conclusão: monitorar é prevenir
Efluentes são resíduos líquidos ou semilíquidos resultantes de atividades humanas, como processos industriais, serviços de saúde, condomínios, restaurantes ou mesmo residências. Eles podem conter matéria orgânica, metais pesados, detergentes, óleos, bactérias e substâncias químicas tóxicas.
Analisar esses efluentes é essencial para:
Avaliar o potencial poluidor da água descartada
Verificar se o lançamento está dentro dos limites legais
Controlar a eficiência de estações de tratamento
Evitar multas, sanções e danos ambientais
Os efluentes são classificados de acordo com sua origem e composição:
Efluentes domésticos: águas negras e cinzas provenientes de banheiros, cozinhas, lavanderias.
Efluentes industriais: originados de processos fabris, podendo conter substâncias químicas e metais.
Efluentes hospitalares: com alta carga microbiológica e farmacêutica.
Efluentes comerciais: de postos de gasolina, restaurantes, lavanderias, entre outros.
A Resolução CONAMA nº 430/2011, que complementa a de nº 357/2005, estabelece as condições, padrões e exigências para o lançamento de efluentes em corpos receptores. Essas normas definem limites máximos para parâmetros como DBO, DQO, pH, sólidos, nutrientes, metais, entre outros. Além disso, estados e municípios podem ter regulamentações mais restritivas (ex: CETESB/SP).
As análises variam conforme o tipo de atividade, mas os principais parâmetros incluem:
Físico-químicos: pH, temperatura, turbidez, condutividade, sólidos totais, óleos e graxas
Químicos: DBO, DQO, nitrogênio, fósforo, metais pesados (chumbo, cádmio, mercúrio etc.)
Microbiológicos: coliformes totais e Escherichia coli
Outros: surfactantes, solventes, fenol, entre outros
Esses dois parâmetros são essenciais para avaliar a carga orgânica de um efluente e seu impacto ambiental:
DBO – Demanda Bioquímica de Oxigênio
Mede a quantidade de oxigênio necessária para a decomposição biológica da matéria orgânica presente no efluente.
Indica o potencial de poluição orgânica biodegradável.
O teste é feito em 5 dias a 20 °C.
Quanto maior a DBO, maior o impacto sobre rios, lagos e oxigênio dissolvido.
DQO – Demanda Química de Oxigênio
Mede a quantidade de oxigênio necessária para oxidar toda a matéria orgânica, tanto biodegradável quanto não biodegradável.
Utiliza agentes químicos fortes (como dicromato de potássio) e é mais rápida que a DBO.
A DQO normalmente apresenta valores superiores à DBO.
Comparar DBO e DQO ajuda a entender o grau de biodegradabilidade do efluente e a eficiência do tratamento adotado.
A frequência pode variar conforme a legislação local e o tipo de atividade, mas em geral:
Mensal ou trimestral para empresas com potencial poluidor significativo
Semanal ou por batelada em sistemas de tratamento com variação de carga
Antes e depois de cada intervenção técnica no sistema de tratamento
A análise de efluentes é um instrumento técnico e legal que protege a empresa, o meio ambiente e a sociedade. Investir em análises periódicas e em um laboratório especializado evita problemas com multas, danos ambientais, processos de embargo e impactos à saúde pública.
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